Então quando me dei conta ela caminhava na minha direção. Era algo quase surreal. Podia dizer que era uma miragem, uma fantasia ou qualquer coisa do tipo. Nunca vira beleza igual aquela. Jamais. Sua pele branca refletia na lua cheia prateada, naquele céu de setembro. Seus cabelos negros compridos eram como se tivessem sido milimetricamente planejado. E o sorriso? Em todos os anos de minha curta vida, nada iria comparar-se aquele turbilhão que era o seu riso.
E ela aproximou-se. Foi quando pude perceber o quão bonita era essa moça bem de perto. Encantadora! Não havia como não ficar hipnotizado. As pernas tremiam, as mãos suavam e da minha boca nada eu conseguia pronunciar. Era como se tivesse ficado paralisado por alguém que sempre me foi tão familiar.
Foi quando seus lábios encontraram meus ouvidos e em um breve sussurro me fez arrepiar. Seu cheiro era como uma droga pra mim. Minhas mãos tomaram sua cintura num breve aperto, percebi o quanto ela havia ficado aflita com tal reação, resolvi "folgar-me" então e dar-lhe espaço para agir da forma que quisesse.
Ela resolveu chegar mais perto, o que fez com que minhas pernas cambaleassem, não sabia como agir diante de tal beleza. Sua boca foi aproximando da minha, senti o cheiro doce de seu hálito. Seus lábios me chamavam pra um beijo intenso e duradouro, não pude evitar. Realmente, jamais havia tido sensação igual. É como se todas as borboletas e libélulas do universo estivessem em meu estômago naquela hora, querendo de qualquer forma serem libertadas.
Senti suas mãos passarem por minha nuca, puxarem levemente o meu cabelo. Seus lábios eram o encontro mais maravilhoso que os meus poderiam querer naquele momento. Minhas mãos agarraram sua cintura, alcançaram suas coxas e senti que sua respiração havia mudado. Inevitavelmente a minha também havia mudado, mas me dei conta disso bem depois. Entre um beijo e outro, entre as mãos entrelaçadas e os suspiros, acordei atordoado. Tentando lembrar se isso tinha sido real ou se não havia passado de um sonho.
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